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Nucora explica mudanças em resolução do CNJ sobre registro civil de pessoas indígenas

Nucora explica mudanças em resolução do CNJ sobre registro civil de pessoas indígenas.

JAVAN QUIXABEIRA DE JESUS
Por: JAVAN QUIXABEIRA DE JESUS Fonte: DPE-TO
08/01/2025 às 12h46
Nucora explica mudanças em resolução do CNJ sobre registro civil de pessoas indígenas
Nucora explica mudanças em resolução do CNJ sobre registro civil de pessoas indígenas.

 

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A alteração no registro de nascimento de pessoas indígenas agora poderá ser realizada de maneira extrajudicial. A alteração está na atualização da Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nº 03/2012, que foi atualizada em 12 de dezembro de 2024, conforme explica o Núcleo Especializado de Questões Étnicas e Combate ao Racismo (Nucora) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO).

Segundo o Nucora, as alterações promovidas pela Resolução estão relacionadas ao fluxo para o registro tardio de pessoas indígenas, permitindo que a modificação do nome seja realizada sem a necessidade de uma ação judicial. Ou seja, os próprios cartórios poderão promover a retificação do nome dos indígenas conforme solicitado.

Outra mudança trazida pela nova redação da Resolução 03/2012 diz respeito à apresentação do Registro Administrativo de Nascimento de Indígena (Rani) que não será mais necessária para o registro. O texto prevê outras formas de comprovação da etnia indígena para os casos em que haja suspeita de fraude ou falsidade.

Fica permitido ainda incluir no nome a etnia, o grupo, o clã e a família indígena a que a pessoa pertence. Além disso, as informações também poderão ser registradas na língua de cada etnia, mediante solicitação do declarante.

Para a coordenadora do Nucora, defensora pública Letícia Amorim, as novas mudanças na Resolução representam um passo importante para que os indígenas alcancem reconhecimento e cidadania. “Muitos indígenas optaram por utilizar nomes não indígenas, no intuito de se desvincular de suas etnias e afastar o preconceito imposto pela sociedade. Porém, à medida que as populações indígenas foram se desenvolvendo e se informando sobre seus direitos, muitos têm pleiteado a retificação de seus assentos para utilizar seus nomes indígenas, como uma forma de demonstrar orgulho pela sua ancestralidade. E com a nova redação da Resolução, garantimos esse direito à identidade cultural”, apontou.

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