A Defensoria Pública do Estado do Tocantins recebeu, nesta quarta-feira, 4, representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra). Em pauta, os atendimentos às mulheres indígenas Karajá.
O 1º subdefensor público-geral, Pedro Alexandre Conceição Alves Gonçalves, a coordenadora do Núcleo Especializado de Questões Étnicas e Combate ao Racismo (Nucora), defensora pública Letícia Amorim, a assessora do Nucora, Aline da Silva Sousa, receberam a chefe da coordenação técnica de São Félix do Araguaia da Funai, Rafaella Karajá, e a coordenadora do Núcleo Araguaia da Adra, Rafaela Reis.
No encontro, Rafaella Karajá fez o convite para que a Defensoria Pública participasse do 1º Encontro das Mulheres Indígenas do Povo Karajá (Hawyky iny mahudu delé rybena), voltado ao atendimento das mulheres indígenas da Ilha do Bananal. A previsão é de que o evento, promovido pela Funai, aconteça 14 e 15 na aldeia Fontoura, e na aldeia Santa Isabel nos dias 16 e 17 de outubro, ambas na Ilha do Bananal na região do município de Lagoa da Confusão.
Conforme explicou Rafaella Karajá, o encontro terá como foco o atendimento integral voltado para a mulher indígena, com palestras e atendimentos nas áreas jurídica, médica, assistência social, bem-estar, entre outras. “As mulheres, por conta da tradição, são extremamente cuidadosas em falar, vestir e estudar, mas o encontro tem a proposta de mostrar o quanto valorizamos essas mulheres e o quanto a justiça está ao lado delas. A participação da Defensoria é importante para levar e fazer justiça para essas mulheres”, comentou.
Para a coordenadora do Nucora, o evento representa um passo muito importante para as mulheres Karajá. “Esse projeto é muito lindo e empolgante, pois, dentro da cultura Karajá, as mulheres só podem se comunicar com homens que sejam o pai, filhos e esposo. Mas, com um projeto todo feito por mulheres, inclusive tendo uma mulher Karajá a frente, com os atendimentos sendo realizados por mulheres, conseguiremos realizar uma escuta qualificada, permitindo que elas se expressem e tirem dúvidas sobre seus direitos”, frisou Letícia Amorim.
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