Goiatins – TO — Indignados com as sucessivas tragédias ocorridas na chamada “Ponte da Morte”, sobre o Rio Aldeia Grande, na BR-010, moradores de Goiatins estão se mobilizando para um grande protesto no próximo sábado, 14 de junho. A manifestação tem como objetivo cobrar providências urgentes das autoridades e prestar homenagem às vítimas que perderam a vida de forma trágica no local.
Organizada por uma comissão de moradores, a manifestação ocorrerá das 15h às 18h, com concentração marcada para as 14h, no Posto da Genelice. Os organizadores pedem que todos compareçam vestidos com camisetas pretas, simbolizando luto, respeito e união.
Durante o protesto, a pista será interditada nos dois sentidos, como forma de chamar a atenção para a gravidade da situação. A passagem será liberada apenas para veículos da Polícia, ambulâncias e viaturas do Corpo de Bombeiros, garantindo o atendimento a emergências, mas reforçando o tom de urgência do ato.
A ponte que apresenta sérios problemas estruturais, de sinalização e segurança, tem sido palco de acidentes fatais que comovem e revoltam a população. Trata-se de uma ponte provisória, construída apenas para servir de desvio durante as obras de pavimentação da rodovia. No entanto, mesmo com o asfalto concluído há mais de uma década, a ponte definitiva nunca foi construída — sequer houve início das obras. A estrutura atual é estreita, desalinhada com a pista asfaltada e fica deslocada lateralmente, como um desvio improvisado, o que agrava os riscos de acidentes. Diante da omissão das autoridades, os moradores decidiram transformar a dor em mobilização.
“Não podemos mais aceitar a dor se repetir. Cada vida importa”, afirma a comissão organizadora, que convida toda a comunidade a participar do ato pacífico, mas firme, por dignidade, segurança e justiça.
O protesto tem o intuito de sensibilizar órgãos públicos como o DNIT, o Governo Federal e o Governo do Tocantins sobre a urgência de uma intervenção definitiva na ponte da BR-010. Os organizadores destacam que este é um clamor da população cansada de esperar e que exige respeito à vida e ao direito de ir e vir com segurança.
O ato também representa um momento de solidariedade entre os moradores, que esperam, com união, transformar o luto em mudança concreta. A comissão reforça: “Leve sua família, seus amigos, sua força. Juntos, somos mais fortes.”