Sábado, 22 de Março de 2025
22°C 30°C
Palmas, TO
Publicidade

Após atuação do Ministério Público, Justiça determina providências imediatas para solucionar problemas de saneamento no Hospital de Xambioá

Saneamento Urgente

JAVAN QUIXABEIRA DE JESUS
Por: JAVAN QUIXABEIRA DE JESUS Fonte: Ascom/MPTO
14/03/2025 às 07h34
Após atuação do Ministério Público, Justiça determina providências imediatas para solucionar problemas de saneamento no Hospital de Xambioá
Flagrante do esgoto jogado na rua.

 

Após atuação do Ministério Público do Tocantins (MPTO), a Justiça determinou o cumprimento imediato de obrigações por parte do estado do Tocantins para solucionar os problemas de saneamento no Hospital Regional de Xambioá. A decisão judicial, proferida no último dia 11, é resultado de ação movida pelo MPTO e intensificada por cobranças recentes para garantir o cumprimento de uma sentença liminar anterior.

A mais recente decisão judicial obriga o governo do Tocantins e a Secretaria de Saúde a providenciar, no prazo de 48 horas, documentos comprobatórios do cumprimento da obrigação de fazer determinada por sentença transitada em julgado. A multa diária por descumprimento é de R$ 10.000,00, limitada a R$ 100.000,00. 

Além disso, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) deverá realizar, de forma urgente, vistoria imediata no local, apresentando laudo técnico sobre as condições sanitárias e ambientais do Hospital Regional de Xambioá.

Histórico 

O caso teve início em junho de 2020, quando o MPTO ajuizou ação civil pública (ACP) com o objetivo de compelir o estado do Tocantins a adotar medidas efetivas para a destinação adequada dos efluentes do Hospital Regional de Xambioá, evitando o transbordamento do esgoto e os consequentes riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

Em 18 de agosto de 2020, a Justiça concedeu liminar determinando diversas medidas emergenciais, incluindo:

- Manutenção corretiva de todo o sistema de fossas em 60 dias;

- Início da coleta e transporte dos efluentes em cinco dias, até a definição de um novo sistema;

- Implementação de medidas definitivas para a solução do problema em um ano;

- Proibição do lançamento de efluentes sanitários nas proximidades do hospital.

Nova cobrança do MPTO

Passados mais de quatro anos da concessão da liminar, constatando a persistência do problema e a inércia do estado, o Ministério Público intensificou a cobrança para o cumprimento integral da decisão judicial. 

O promotor de Justiça Helder Lima Teixeira, responsável pela recente cobrança, ressaltou a urgência da situação e o descaso com a determinação judicial. “A manutenção do atual estado de coisas é intolerável e não pode ser admitida por este juízo. O esgoto transbordando a céu aberto contém agentes patogênicos altamente nocivos, podendo causar surtos de diarreia, hepatite, leptospirose e outras doenças infectocontagiosas, sobretudo em crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida”, cobrou o promotor. O pedido agora foi atendido, com a decisão do último dia 11.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Lenium - Criar site de notícias